Naufrágios Ibéricos

documentados na baía de Angra

Fontes
AAE – Archives des Affaires Etrangères (Paris/Nantes, França)
AAPD – Arquivo da Alfândega de Ponta Delgada (São Miguel, Açores, Portugal)
AGM – Arquivo Geral da Marinha (Lisboa, Portugal)
AGI – Archivo General de Indias (Sevilha, Espanha)
AGS – Archivo General de Simancas (Valladolid, Espanha)
AHU – Arquivo Histórico Ultramarino (Lisboa, Portugal)
ANTT – Arquivo Nacional Torre do Tombo (Lisboa, Portugal)
AP – Archivo de Protocolos (Sevilha, Espanha)
BA – Biblioteca da Ajuda (Lisboa, Portugal)
BNL – Biblioteca Nacional de Lisboa (Lisboa, Portugal)
BPADAH – Biblioteca Pública e Arquivo Distrital de Angra do Heroísmo (Terceira, Açores, Portugal)
BPARH – Biblioteca Pública e Arquivo Regional da Horta (Faial, Açores, Portugal)
PRO – Public Record Office (Kew, Surrey, Inglaterra)

Periódicos
AA – Arquivo dos Açores
BIHIT – Boletim do Instituto Histórico da Ilha Terceira
GL – Gazeta de Lisboa


SÉCULO XVI

1542
Grifo
Nau portuguesa, da Carreira da Índia, capitão Baltazar Jorge. Perdeu-se sobre a âncora.

1550
Santa Maria de la Piedad
Nau espanhola, provinda de Hispaniola

1552
Santiago
Nau espanhola, provinda do México, de Miguel de Oquendo, já descarregada.

1554
Nau espanhola almiranta, de Bartolomé Carreño, da frota de Juan Tello de Guzman.

1555
Ascensão (Algarvia Velha)
Nau portuguesa da Carreira da Índia, capitão Jácome de Mello.

1560
Nau espanhola, de Bartolomé Perez.
Concepcion
Nau, espanhola, de Pedro Roelas.

1563
Perto do Monte Brasil
Nuestra Señora de la Luz
Nau, espanhola, por mau tempo, capitão Juan Garcia, provinda de Santo Domingo.

A 28 de Novembro
Caravela espanhola, provinda da Jamaica.

1568
Caravela espanhola, provinda do México.

1583
Quatro naus espanholas, a 21 de Outubro

1586
A 17 e 18 de Setembro
Quatro naus espanholas: Santa Maria de Tomala (provinda de Santo Domingo, deu de través num baixio), Nuestra Señora de los Remédios (capitania com 30 canhões de bronze), Santa Maria del Juncal (alguma carga recuperada) e Nuestra Señora de la Concepción (de Juan de Guzman).

1587
Santiago
Nau portuguesa da Carreira da Índia, capitão Francisco Brito Lobato, perdeu-se sobre a amarra, salvou-se a gente e a fazenda.
Nau espanhola da Nova Espanha, salvaram-se 56000 escudos.

1588
Nuestra Señora del Rosario
Nau espanhola.
Santiago
Nau espanhola.

1589
A 4 de Agosto
Galeão português com seda, ouro, prata, porcelana, provindo de Malaca.
A 20 de Outubro
Nuestra Señora de la Guia
Nau espanhola, com 200.000 ducados em ouro, prata, pérolas atacada por inglês.
Nuestra Señora del Rosario (I)
Nau espanhola.
Nuestra Señora del Rosario (II)
Nau espanhola.

1590
Em Janeiro
Navio da armada da Biscaia, despedaçou-se.

1591
Em Setembro
Magdalena
Nau espanhola do esquadrão de Urquiola, deu à costa na ilha.
Em Setembro, na costa sul
Santa Maria del Puerto
Nau espanhola, a tripulação abandonou-a.
Em Setembro
Nau espanhola de Pedro Marin.
Em Setembro
La Milanesa
Nau espanhola.


SÉCULO XVII

1603
São Jacinto
Nau portuguesa da Carreira da Índia, de Pedro da Silva

1608
Nau espanhola, capitana de Juan de Salas Valdez, provinda do México.

1642
Em Abril, junto ao forte dos Dois Paus
Navio português, afundado por artilharia e temporal.

1649
A 12 de Fevereiro
Quatro navios portugueses, com morte da maior parte dos marinheiros.

1650
Santo António
Navio português, vindo de São Cristóvão, salvou-se a mercadoria.

1663
Dão à costa oito navios portugueses de uma frota de 11, provinda do Brasil e comandada por Francisco Freire de Andrade.

1690
A 26 de Março
Navio português para Cabo Verde, com sinos e cal para a Sé.

1697
Em Novembro
Cinco navios portugueses, carregados com trigo, deram à costa por tempestade.


SÉCULO XVIII

1717
Junto ao Monte Brasil
Navio português.

1778
A 31 de Dezembro
Nuestra Señora de la Concepción
Polaca espanhola, abandonada pela tripulação após ter sido bombardeada pela fortaleza de São Brás e pelo corsário inglês Retaliation, dando à costa com carga no valor de 111.261 pesos fortes, dos quais 43.629 em dinheiro. Capitão Narciso Plá.


SÉCULO XIX

1811
Deu à costa uma frota inteira de 7 navios portugueses, por tempestade de sudoeste.

1832
A 18 de Fevereiro
Nerco
Iate português.

1841
A 21 de Janeiro, encalhou no Porto Novo
Dona Clara
Escuna portuguesa.

1846
A 8 de Janeiro
Duqueza da Terceira
Patacho português.30

1858
A19 de Janeiro
Desengano
Patacho português
A 19 de Janeiro
Palmira
Escuna portuguesa.

1861
A 26 de Janeiro
Micaelense
Patacho português de 111 toneladas
A 26 de Janeiro
Destro Açoriano
Lugre português de 224 toneladas

1893
A 28 de Agosto, no areal do Porto Novo
Segredo dos Açores
Patacho português, deu à costa por ciclone.

1896
A 13 de Outubro:
Três navios portugueses desfeitos por temporal: Fernão Magalhães (patacho de 180 toneladas), Príncipe da Beira (lugre de 275 toneladas) e Costa Pereira (lugre de 196 toneladas).


SÉCULO XX

1906
A 30 de Setembro, garrou sobre o baixio do Porto Novo
Rio Lima
Iate, capitão Custódio de Paula Carvalho.


in MONTEIRO, Alexandre (2008) “Da nota de rodapé ao monte de lastro: naufrágios ibéricos na área dos Açores (1526-1906)”, in Symposium Os Naufrágios Portugueses e Espanhóis no Arquipélago dos Açores/Naufragios de Buques Españoles y Portugueses en el Archipiélago de las Azores, co-organizado pelas Academia de Marinha e Fundácion Iberoamericana para el Fomento de la Cultura y Ciencias del Mar. Lisboa, 04 a 07 de Novembro de 2008, pp. 43-97.