sábado, 29 de janeiro de 2011

Naufrágios

Gosto de naufrágios, menos dos de ferro... " a sua identidade e os seus restos físicos dissolvendo-se lenta, mas paulatinamente, no Oceano Atlântico" .

Preocupa-me que na costa do continente, se façam mergulhos "recreativos" em naufrágios, sem acompanhamento de um centro de mergulho ou de um guia de mergulho. Nos Açores e Madeira, fi-lo sempre através de um centro de mergulho. Os guias estão sensibilizados para alertar os mergulhadores, no briefing pré-mergulho, que não PODEM tocar no naufrágio e estão atentos durante todo o mergulho para que isso não aconteça.

Na costa do continente já assisti a grupos de amigos, combinarem mergulhar em naufrágios, sem a menor consideração pelo património, quer seja o naufrágio de um barquinho de um pescador ou o naufrágio de um barco imponente, trazendo "recuerdos" do local. Infelizmente, no continente, são muito poucos os centros de mergulho que têm um guia para acompanhar os grupos de mergulhadores. É chegar ao local de mergulho, toda a gente para dentro de água com os seus parceiros e vão fazendo o que lhe apetece. O River Gurara é um dos muitos exemplo. É frequente, frequente demais.

Por isso quando leio ou oiço falar em promoção de turismo subaquático em Portugal, até tremo. São poucos, muito poucos os exemplos de sucesso.

Neste aspecto, os egípcios, vão muito à frente, muitas vezes pecando por excesso de zelo mas também reconheço que se assim não fosse, pela quantidade anual de mergulhadores de todo o Mundo nas suas águas que naufrágios como o Giannis D ou o SS Thistlegorm, já estariam completamente "despidos"


publicado por Constança Duarte Gonçalves 


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